terça-feira, 27 de maio de 2014

Comunicação Oral Regulada por Técnicas - Cesário Verde


Expressão Oral Regulada por Técnicas

Cesário Verde – o Repórter do Quotidiano         
Orientações de trabalho:
-        Observa a realidade que te rodeia com o olhar crítico e analítico de Cesário Verde.
-        Seleciona um dos versos da listagem apresentada.
-        Transforma-te no “repórter do quotidiano” e tira uma fotografia que ilustre o verso escolhido. 


Orientações de apresentação do trabalho:
-        Apresentação da fotografia captada e do respetivo verso.
-        Clarificação do sentido do verso escolhido (tendo também em conta o poema em que está inserido).
-        Referência ao contexto em que a fotografia foi tirada.
-        Leitura de imagem – fotografia.
-        Explicitação da relação existente entre o verso e a fotografia.

Duração da apresentação: 3 minutos

Data de apresentação: ___________________

Itens a avaliar:
  • Utiliza um tom de voz audível;
  • Fala de forma pausada e expressiva (utilizando uma modelação de voz variada e não monótona e fazendo pausas pertinentes que induzam aos sentidos do texto);
  • Tem uma dicção clara;
  • Usa vocabulário variado e adequado ao tema e à situação;
  • Respeita as regras gramaticais;
  • Estabelece abundantes contactos visuais com o auditório;
  • Assume uma atitude descontraída e não rígida;
  • Organiza, de forma lógica, as ideias a apresentar;
  • Demonstra eficácia argumentativa;
  • Apresenta uma fotografia adequada à intencionalidade do verso selecionado;
  • Clarifica o sentido do verso;
  • Estabelece, com rigor e pertinência, a relação entre verso-fotografia;
  • Domina os conteúdos apresentados quando questionado sobre os mesmos;
  • Respeita o tempo estabelecido para a apresentação.

Versos retirados de poemas existentes no Manual.
ü  “A larga rua macadamizada” (in “Num bairro moderno”)
ü  “E rota, pequenina, azafamada,/notei de costas uma rapariga” (in “Num bairro moderno”)
ü  “Sobem padeiros, claros de farinha” (in “Num bairro moderno”)
ü  “E às portas, uma ou outra campainha/toca, frenética, de vez em quando” (in “Num bairro moderno”)
ü  “Nós levantámos todo aquele peso/Que ao chão de pedra resistia preso/Com um enorme esforço muscular” (in “Num bairro moderno”)
ü  “Ela apregoa, magra, enfezadita,/As suas couves repolhudas, largas” (in “Num bairro moderno”)
ü   “De cócoras, em linha, os calceteiros,/Com lentidão, terrosos e grosseiros,/Calçam de lado a lado a longa rua.” (in “Cristalizações”)
ü  “E as poças de água, como em chão vidrento,/Reflectem a molhada casaria.” (in “Cristalizações”)
ü  “Em pé e perna, dando aos rins que a marcha agita,/disseminadas, gritam as peixeiras” (in “Cristalizações”)
ü  “Uns barracões de gente pobrezita” (in “Cristalizações”)
ü  “Homens de carga! Assim as bestas vão curvadas!” (in “Cristalizações”)
ü  “E cospem nas calosas mãos gretadas” (in “Cristalizações”)
ü  “Covas, entulhos, lamaçais” (in “Cristalizações”)
ü  “Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;/Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes/E engoma para fora.” (in “Contrariedades”)
ü  “Juntei numa fogueira imensa/Muitíssimos papéis inéditos.” (in “Contrariedades”)
ü  “O populacho/Diverte-se na lama.” (in “Contrariedades”)
ü  “A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?” (in “Contrariedades”)
ü  “Nas nossas ruas, ao anoitecer,/Há tal soturnidade, há tal melancolia,/Que (...)/Despertam-me um desejo absurdo de sofrer” (in “O Sentimento de um Ocidental – I – Avé Marias”)
ü  “Semelham-se a gaiolas, com viveiros,/as edificações somente emadeiradas” (in “O Sentimento de um Ocidental – I – Avé Marias”)
ü  “Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas” (in “O Sentimento de um Ocidental – I – Avé Marias”)
ü  “Correndo com firmeza, assomam as varinas./Vêm sacudindo as ancas opulentas!/Seus troncos varonis recordam-me pilastras” (in “O Sentimento de um Ocidental – I – Avé Marias”)
ü  “E o peixe podre gera os focos de infecção!” (in “O Sentimento de um Ocidental – I – Avé Marias”)
ü  “... as tascas, os cafés, os estancos...” (in “O Sentimento de um Ocidental – II – Noite fechada”)
ü  “Muram-me as construções rectas, iguais, crescidas” (in “O Sentimento de um Ocidental – II – Noite fechada”)
ü  “Nesta acumulação de corpos enfezados;/Sombrios e espectrais recolhem os soldados;/Inflama-se um palácio em face de um casebre.” (in “O Sentimento de um Ocidental – II – Noite fechada”)
ü  “... as costureiras, as floristas/Descem dos magasins...” (in “O Sentimento de um Ocidental – II – Noite fechada”)
ü  “E saio. A noite pesa, esmaga. Nos/Passeios de lajedo arrastam-se as impuras.” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “As burguesinhas do Catolicismo/Resvalam pelo chão minado pelos canos” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “Num cutileiro, de avental, ao torno,/Um forjador maneja um malho, rubramente.” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “E de uma padaria exala-se, inda quente,/Um cheiro salutar e honesto a pão no forno.” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “Casas de confecções e modas resplandecem” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “Que grande cobra, a lúbrica pessoa/Que espartilhada escolhe uns xales com debuxo!/Sua excelência atrai, magnética, entre luxo/Que ao longo dos balcões de mogno se amontoa.” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso,/Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso,/Meu velho professor nas aulas de Latim!” (in “O Sentimento de um Ocidental – III – Ao gás”)
ü  “Por baixo, que portões! Que arruamentos!” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “Um parafuso cai nas lages, às escuras” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “Colocam-se taipais, rangem as fechaduras” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “Numas habitações translúcidas e frágeis” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “Nauseiam-me, surgindo, os ventres das tabernas” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “Cantam, de braço dado, uns tristes bebedores” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “E sujos, sem ladrar, ósseos, febris, errantes,/Amareladamente, os cães parecem lobos” (in “O Sentimento de um Ocidental – IV – Horas mortas”)
ü  “Como a Moda supérflua e feminina” (in “Deslumbramentos”)
ü  “Grande dama fatal, sempre sozinha,/E com firmeza e música no andar” (in “Deslumbramentos”)
ü  “Sentado à mesa dum café devasso” (in “A débil”)
ü  “De repente, paraste embaraçada/Ao pé dum numeroso ajuntamento” (in “A débil”)

ü  “Julguei ver, com a vista de poeta,/Uma pombinha tímida e quieta/Num bando ameaçador de corvos pretos” (in “A débil”)

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