terça-feira, 8 de abril de 2014

Crónica de Costumes - Personagens-tipo

Crónica de Costumes - Visão Pessimista do Portugal da Regeneração

Crónica de Costumes - Sarau da Trindade

Crónica de Costumes - Episódio dos Jornais

Crónica de Costumes - Corrida de Cavalos - I

Crónica de Costumes - O Jantar no Hotel Central - I

Os Maias - Crónica de Costumes

Os Maias - A crónica de Costumes


            A par da história da família, encontramos episódios que funcionam como a caracterização da sociedade portuguesa. Estes assumem a forma de crítica e de sátira social, revelando os defeitos sociais que impedem o progresso e a renovação das mentalidades. São apresentados como espelho dos elementos estruturadores da ação portuguesa e da forma de compreender e de estar no mundo daqueles que integram o país e que, afinal, se traduzem em falta de visão histórica e cultural, em ausência de espírito crítico, em apatia e ociosidade ou em importação de modas estrangeiras que não se adequam ao nosso perfil nacional, já para não falar no oportunismo decadente e medíocre que caracteriza os atos dos homens da nossa terra.
            Os espaços sociais aparecem construídos, na obra, quer através dos ambientes vividos pelas personagens, em determinados momentos, quer através do percurso de personagens que tipificam um determinado grupo social, caracterizando-o.

            São de realçar alguns episódios, onde a criação de ambientes específicos revela a preocupação do autor no sentido de evidenciar algumas das características mais flagrantes do povo português. Esses episódios (a par do percurso efectuado pelas personagens-tipo) constituem um dos vectores estruturais da obra: a crónica de costumes.